Você sabe, sempre sabe...
"Só não sabe que sabe", diria o mestre.
Você sente, a mão treme.
Dá vontade de chorar.
Um choro que ninguém vai acolher, vai enxugar.
O choro do adeus.
Porém antes dele vir você sente,
sente o nó na garganta.
Das palavras que não vão mais resolver.
Sente o vazio, deixado pela distância acompanhada.
Do estar, mas não estar.
Do querer, mas não ser quisto.
De entender que o fim chegou, mas não querer dizer adeus.
Pois o mundo que você deu, já não é mais suficiente.
Nem deveria ser, é pouco.
Mas era tudo o que você tinha.
Você sabe, já percebeu.
Entretanto, quer continuar, pois se acostumou.
Só que não é mais a mesma coisa...
Você só não quer ver, mesmo já tendo se dado conta.
Está nos detalhes...
Nas pequenas ações...
Aquele riso que não foi correspondido...
Naquela palavra que não foi dada.
No olhar, que se perdeu, ou que se encontrou, mas não mais em você.
O que restou?
Não sei!
Mas sei, que sei.