domingo, 4 de outubro de 2015

era viver pra sempre

Já não lembro a ultima vez que dormi, a luz irrita meus olhos,
do mesmo jeito que o amor retrai quando se passa muito tempo sem saber o que é o amor.

Já não lembro a ultima vez que sonhei, a fantasia me abandonou,
do mesmo jeito que os bons anos vão passando,
e agora, a louca da realidade me abraça com seus braços frios,
me observa com seus olhos duros,
e sorri um sorriso cínico.

Já não lembro a ultima vez que chorei, a melancolia vive tanto em mim,
que já não tenho tempo de esquecer as lagrimas,
elas estão aqui agora,
do mesmo jeito que o ar, tão constante que já não lembro a ultima vez que respirei.

Já não lembro a ultima vez que a vida fez sentindo, o viver é uma sombra que me cerca,
me cobrindo e me deixando só,
pegando meus planos e jogando na luz,
me mostrando o quanto eles são patéticos,
do mesmo jeito que essas palavras.

Já não lembro a ultima vez que escrevi algo decente sobre o amor,
sobre o inicio,
sobre o fim,
sobre o tempo,
sobre a solidão,
sobre a conquista,
sobre a morte,
sobre a vida,
sobre sonhar,
sobre voar,
sobre voar com você, s
obre amar você,
só sobre você.


Minha cabeça doí, lateja,
cheia de pensamentos e ideias suicidas,
da mesma forma que a ressaca, que fica na cabeça,
e que te acorda depois de uma noite em que tudo que poderia ter sido feito foi,
e daquele cheiro na ponta dos dedos que te faz querer vomitar,
mas além de querer colocar tudo pra fora,
te faz querer morrer.

Contudo eu queria mesmo,
era viver pra sempre,

ainda sim é uma lágrima

Uma lágrima sozinha, ainda sim é uma lágrima,
embora por alguns motivos,
ela não seja considerada importante.

O que não se entende,
é que as vezes,
se mostra menos do que se sente,
mas quando uma lágrima solitária vem,
ela pode representar uma cachoeira de sentimentos.
Ela pode representar o início, ela pode representar o fim.

Uma lágrima sozinha, ainda sim é uma lágrima,
mesmo que sua existência seja tão efêmera ao ponto de nunca ser notada,
mesmo que seja desconsiderada,
mesmo que seja um clichê,
mesmo que a considerem a ultima,
ela ainda sim vai ser a lágrima que vai deixar a cicatriz mais profunda.

A solitária lágrima,
é aquela que vai percorrer todo o caminho,
e não vai cair no chão,
vai morrer nos lábios, vitoriosa,
para mostrar que o seu sabor amargo,
traz tudo aquilo que se quer esquecer em um único, solitário e passageiro momento,
mas que vai entrar para a eternidade.

sábado, 18 de julho de 2015

"receita para minha TPM"

"Ingredientes:
                                                                    apreciar sem moderação


1 tonelada de abraços,
1 porção enorme de colo,
8 xícaras de cafuné,
1000 unidades de massagem,
1 chocolate,
8 unidades de beijos,
1 pitada de cosquinhas,
e 8 kg de carinhos.

Preparo:

quando chegar e me ver em um canto (sozinha ou não), adicionar a tonelada de abraços.
Em seguida, colocar as unidades de beijos, e depois cafuné.
Acrescente o colo junto com as cosquinhas.
Dê chocolate, e também o 8 kg de carinho.
Por fim, adicione 1000 unidades de massagem.

Obs:

Não precisa seguir a ordem do preparo, mas se faltar alum ingrediente a receita desanda, porém...

Atenção:

...Se adicionar acidentalmente uma pitada de orgulho, NÃO DARÁ CERTO.

Dica:

Leia toda vez que eu estiver de TPM.

Rendimento:

TPM amenizada.

Detalhe muito importante:

NÃO DISCUTA
NÃO TEIME
NÃO SAIA DE PERTO
EU TENHO SEMPRE RAZÃO, SEMPRE!"



Por Lya

quinta-feira, 16 de julho de 2015

logo no fim

Quem diria?
As lagrimas estão correndo,
no fim, logo no fim.

Você está indo embora,
e estou ficando sozinho,
perdido aqui,
no lugar que já foi nosso.
Agora,
não sei de quem é.

Está tudo escuro, como nunca esteve,
ou como já esteve em outras situações que escondi tanto que não quis mais lembrar,
não sei,
só sei que está escuro.
Ouço lagrimas escorrerem e caírem no chão,
posso ouvir,
porque estão perto,
e são gigantescas.

Não consigo entender o que aconteceu,
quando as coisas começaram a ficar diferentes?
Quando ficou tão frio?
Quando não pude ser suficiente,
 e caí nesse abismo de orgulho e vaidade?

Nessas horas temos o costume de olhar para trás,
tentando achar uma explicação,
mas quando olho para trás,
o que busco é um refugio de toda a dor.
nas lembranças,
nessas lembranças, consigo sentir paz,
mas o amor não vive de lembranças,
muito menos de saudade.

Não gosto de me sentir só,
não quero que você vá,
mas as vezes, você está tão distante,
que parece que você já foi.

e quem diria?
não há sorrisos no fim,
logo no fim.

terça-feira, 21 de abril de 2015

do mesmo jeito

Hoje eu toquei meu violão,
As mesmas musicas de sempre.
As mesmas notas arrastadas.
As mesmas batidas arranhadas.
A mesma voz desafinada.
As mesmas cordas.
O mesmo violão.

Porem tinha alguma coisa estranha.

As mesmas musicas de sempre,
não soavam do mesmo jeito

As mesmas notas arrastadas,
 já não tocavam do mesmo jeito.

As mesmas batidas arranhadas,
não bateram do mesmo.

A mesma voz desafinada,
não cantou do mesmo jeito.

As mesmas cordas,
não vibraram do mesmo jeito.

O mesmo violão estava lá,
mas estava triste.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

a fuga das ideias

As ideias fogem...
O pensamento fica passeando entre o passado e o presente, o futuro não, não quer se preocupar com o futuro......

Mas o passado...
esse sim é um companheiro constante,maior amigo e inimigo que se pode ter,
mais presente que o agora.
Fazendo dar gargalhadas e sorrir, mas também fazendo chorar.
É o passado que faz as ideias fugirem, para que fiquem apenas as lembranças...
geralmente envolta pela vontade de fazer diferente, de refazer, de falar, ou até mesmo de ficar calado.... de agir, ou de se conter... de gritar o que sente, ou de manter a calma e pensar um pouco mais.....

E de desfazer até o que está bem feito,
talvez pelo prazer de fazer de novo...
de rir de novo,
de gozar de novo,
de voar de novo,
o prazer de cair de novo, de chorar de novo........ de se levantar de novo.

as ideias fogem..
 pois parece que tudo já foi vivido,
e tentado,
e morrido,
e ressuscitado,
e degustado,
e cuspido, e fumado, e cheirado, e bebido, e dirigido, e feito e desfeito, e começado e terminado....

Mas ainda não é o fim... e isso, esse saber, essa certeza, essa convicção...
A convicção de que ainda não acabou... é palpável, é tão viva e tão presente quanto o passado,
é tão real quanto as lembranças criadas ou imaginadas.
É tudo assim... como a fuga das ideias.