terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

maturidade

Dizem que maturidade é :"a capacidade de se viver em paz com aquilo que não podemos mudar!"
Pois ela nos permite, olhar com menos ilusões,
aceitar com menos sofrimento
e entender as adversidades com mais tranquilidade!

Me desculpe,
mas maturidade parece ser apenas um eufemismo,
para o uso de máscaras...
para a uma vida de aparências.

Aparentar força,
quando naqueles dias que queremos apenas "nada",
e temos de nos levantar e continuar.

Maturidade não passa de um paliativo,
para maquiar a dor de um mundo sem sentido,
para obrigar a rir e fingir que está tudo bem,
quando na verdade tudo o que se quer é chorar.

Maturidade não passa de um enganar-se a si mesmo,
disfarçando sentimentos.
Uma forma de enganar-se a si mesmo,
falando mansamente,
quando na verdade se quer apenas gritar.

Gritar muito,
não necessariamente para que alguém ouça,
mas apenas gritar.
Gritar por que está tudo errado,
ou porque está tudo certinho demais.

Maturidade é a forma mais cruel de iludir.
De iludir a si mesmo.
Quando as pessoas perguntam: " está tudo bem?"
E você quer dizer: "não! não está tudo bem!
Não está tudo tranquilo,
porque eu não sei o que fazer pra esquecer!
Porque está aqui,
está em "mim",
nos pensamentos,
nas ações,
na vontade de esquecer,
nas tentativas frustradas de dizer adeus!"

Maturidade...
é esquecer o que se sente!
e fingir que está tudo bem.

Maturidade é não conseguir dizer adeus!
Porque precisa-se do mínimo de atenção,
escondendo entretanto,
o que realmente se quer dizer,
talvez porque já tenha sido dito,
e não se pode mais repetir.

Pois tem que ser maduro,
mesmo quando não sabemos mais o que fazer
e temos que olhar
e falar com aquela pessoa que por um motivo ou outro,
deixou sua vida de cabeça pra baixo.
E se foi.

Por muito tempo buscamos maturidade,
para mascararmos aquilo que realmente sentimos.

Isso é ser maduro,
se você hoje, caro leitor,
consegue fazer isso,
parabéns!
Você é maduro o suficiente...
para ser tolo o suficiente,
vendo seus sentimentos lhe violarem,
apenas para ser alguém...
que não se é!

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